
VINGADORES 2 – ERA DE ULTRON
(Avengers: Age of Ultron)
Direção de Joss Whedon
EUA, Aventura, 2015, 02h30. Com Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Samuel L. Jackson, Mark Ruffalo, Scarlet Johansson, Paul Bettany, Elisabeth Olsen, Aaron Taylor-Johnson e Andy Serkis. Classificação: 12 anos.
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Nerds e cinéfilos brasileiros tiveram o privilégio de ver lançado nos cinemas daqui uma semana antes da estréia americana aquele que será certamente, uma das três maiores bilheterias desse ano. Dirigido pelo mesmo Joss Whedon do filme original de 2012, este segundo capítulo da franquia de ação com os super-heróis da Marvel reunidos acompanha a luta da equipe para derrotar o vilão robótico Ultron, e para isso, eles novamente contarão com o apoio de Nick Fury (Samuel L. Jackson, agora vivendo na clandestinidade após o fim da SHIELD) e da agente Maria Hill (Colbie Smulders, que agora é uma espécie de “braço-direito operacional” do ricaço Tony Stark).
Aliás, com o fim da SHIELD (decretado no final de Capitão América 2), agora é Stark (Robert Downey Jr) quem financia a equipe de super-heróis. Ele continua obstinado em proteger o mundo, mesmo que para isso tenha de opor-se muitas vezes (e cada vez mais) a seus companheiros – principalmente ao tradicionalista Steve Rogers (Chris Evans). Ao lado do cientista Bruce Banner, Stark utiliza sua experiência como ex-fabricante de armas para criar um exército de robôs, providencialmente comandados pelo supercomputador Jarvis (voz de Paul Bettany). Esses robôs deverão patrulhar o mundo e torná-lo mais seguro – a intenção é criar uma inteligência artificial de verdade, um ser imune a erros, enfim – um ser “perfeito” como tudo o que Stark se propõe a fazer.
Spader foi substituído presencialmente pelas técnicas de computação gráfica de captura de movimentos já utilizadas anteriormente em filmes como King Kong, Planeta dos Macacos e o mais recente Chappie. Interessante notar a proposital semelhança de personalidade entre criador (Tony Stark) e criatura (Ultron): ambos inteligentíssimos, sempre em busca de serem cada vez mais perfeitos, sedutores, têm o ego inflado nas alturas e são donos de um humor todo particular.
Muitas, longas e algumas vezes até exageradas sequências de combate dão um tom superlativo ao filme. Há uma profusão na tela de elementos sendo destruídos, dilacerados, explodidos – robôs, prédios, montanhas etc. Felizmente há algumas cenas de tranquilidade que nos fazem respirar um pouco, e nesse aspecto o roteiro cuida bem de explorar e desenvolver melhor alguns personagens da Marvel que não têm filmes próprios, principalmente no até supreendente caso do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e do clima de romance entre o desalentado cientista Bruce Banner (Mark Ruffalo) e a Viúva Negra (Scarlett Johansson, que aqui encara e escancara definitivamente todos os medos de seu passado).
Filme introduz mutantes aos Vingadores
Já os gêmeos Wanda e Pietro Maximoff (Elizabeth Olsen e Aaron Taylor-Johnson) inicialmente atuam ao lado do vilão, guiados por um desejo míope de vingança (detalhe: eles não são chamados pelos seus nomes de “mutantes” – Feiticeira Escarlate e Mercúrio – porque essas palavras e nomes se referem ao universo dos X-Men, e este pertence à Fox, a Marvel não pode explorar nos cinemas).
Pietro cumpre bem seu papel, mas não chega a empolgar (o Mercúrio dos X-Men da Fox é bem melhor), e passa o tempo todo mais ciceroneando a irmã Wanda – esta sim, vai ao encontro das intenções dos demais heróis com muito mais intensidade. Seus poderes de telecinese, combinados com sua capacidade de “invadir as mentes” de outras pessoas (obrigando-as a lidar mentalmente com seus maiores medos e traumas), são fundamentais para muitas situações do roteiro, interferindo no andamento de quase todos os heróis, e o modo como essas habilidades são mostradas na tela é muito interessante, tornando-a uma das personagens de maior destaque no filme e praticamente assegurando sua presença em produções futuras da Marvel.
Sem dar spoilers, vale também ressaltar que o Capitão América / Steve Rogers, apesar de ter neste filme menos participação do que no primeiro filme, cada vez mais entra em oposição de idéias com o Homem de Ferro / Tony Stark, mesmo que de maneira sutil e implícita – sedimentando o terreno para que a cizânia entre os heróis se estabeleça de vez no filme Capitão América 3 – Guerra Civil, que estréia daqui a exatamente um ano nos cinemas.
Desfecho do filme deixa futuro da franquia em aberto
Vingadores 2 – Era de Ultron, porém, é surpreendentemente econômico nas deixas e ganchos que solta para os filmes vindouros do estúdio. Na verdade o que se conclui é que o futuro é incerto, não sabemos bem o que esperar das próximas aventuras dos personagens.
Nesse contexto, o personagem Visão (também Paul Bettany) surge de maneira muito bem encaixada dentro de toda a lógica do filme, transformando-o em outro dos grandes (e aclamados) destaques da produção. Sem dar spoilers, podemos antecipar que os fãs certamente entrarão em delírio com a maneira elegante e coesa com que o roteiro “cria” o personagem, gerado a partir da combinação de elementos já presentes anteriormente no Universo Cinematográfico Marvel e que serão fundamentais para seu futuro.
Nota CINEMAIMERI – 7,5 ****
Assista os trailers e clipes de VINGADORES 2 – ERA DE ULTRON:
TRAILER OFICIAL #3 LEGENDADO
CLIPE HULK x HULKBUSTER
TEASER TRAILER 2 – LEGENDADO
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