Direção de Gil Kenan
EUA, Terror, 2015. Duração 01h33. Com Sam Rockwell, Jared Harris, Rosemarie De Witt, Kennedi Clements, Kyle Catlett, Jane Adams, Susan Heyward, Nicholas Braun, Saxon Sharbino. Classificação: a definir.
O filme original de 1982 (que teve produção e roteiro de Steven Spielberg, com direção de Tobe Hooper) é sem dúvida um dos mais assustadores filmes de terror já produzidos, e fez tanto sucesso na época que gerou duas daquelas típicas continuações caça-níqueis posteriores (ambas altamente esquecíveis). Seus efeitos especiais impressionantes e a trilha sonora impactante, usada em complementação perfeita na composição visual para imprimir o medo e o horror às cenas, marcaram época. Agora, o diretor Sam Raimi, mentor e responsável pela primeira (e bem-sucedida) trilogia do Homem-Aranha entre 2002 e 2007 – além de toda a série de terror Evil Dead – foi quem convenceu os estúdios Fox a seguirem adiante na execução desse filme absolutamente desnecessário, principalmente porque a estória aqui contada é praticamente a mesma do clássico de mais de trinta anos atrás.
Para quem não conhece essa estória, vai aqui um resumo: conhecemos a família Freeling (ops, agora eles são os Bowen), que se muda para uma nova casa, situada na periferia da cidade onde moram, em razão do desemprego do Pai. Lá, eles lutam contra forças malignas que subitamente atingem o local e abduzem a filha pequena (Kennedi Clements). Para terem a menina de volta, seus pais (Sam Rockwell, de “Homem de Ferro 2”, e Rosemarie DeWitt, de “Homens, Mulheres e Filhos”) pedem ajuda a um homem especializado em lidar com fantasmas (Jared Harris, de “Pompeia”).
Vale, porém, citar aqui uma menção elogiosa à maneira interessante com que o roteiro brinca com a existência de uma rede de distribuição elétrica vizinha à nova casa dos Bowen, e que é fundamental para entendermos a existência dos espíritos zombeteiros que atormentam toda a família. Aliás, elogios também merecem a equipe técnica, responsável pelos bons efeitos especiais, que apesar de visualmente diferentes, equiparam-se ao nível de tensão existente no primeiro filme – e tornam inclusive o uso do 3D aqui algo favorável e bem explorado, apesar de não ser obrigatório.
Que fique claro: o blog não é contra remakes, mas sim contra aqueles que se mostram completamente desnecessários. Alguns filmes se tornaram clássicos, mas foram filmados em épocas mais remotas, que se utilizassem muitas técnicas hoje disponíveis se tornariam ainda melhores. Isso já ocorreu em alguns casos (como o King Kong de Peter Jackson, apesar de também possuir alguns defeitos), mas definitivamente não é o que ocorre aqui. Só nos resta torcer para que as mesmas tragédias que abateram a produção do filme original (como a morte das duas garotas atrizes que interpretaram as filhas do casal) não recaiam sobre o elenco dessa refilmagem que agora estreia nos cinemas.
Assistir esse remake de 2015 não é um tempo mal gasto – é apenas um tempo desperdiçado. Então, você cinéfilo que gosta do que é bom de verdade, assista o filme original de 1982, o verdadeiro Poltergeist que merece ser visto, conhecido e lembrado. Simples assim.
Assista o trailer do remake de POLTERGEIST (nas versões dublada e legendada), e mais abaixo o trailer original do filme de 1982 (sem legendas), além da famosa cena da árvore, dublada em português (reparem nas várias referências a Star Wars):
POLTERGEIST (2015) – TRAILER OFICIAL LEGENDADO
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=e4TnjpMwMR8&w=560&h=315]
POLTERGEIST (2015) – TRAILER OFICIAL DUBLADO
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=uUV4IAkem-k&w=560&h=315]
POLTERGEIST (1982) – TRAILER OFICIAL (sem legendas)
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=SKFDXYoSgkQ]
POLTERGEIST (1982) – CENA DA ÁRVORE (DUBLADO)
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=2CNooQww5Io]
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