Sean Connery tem em seu currículo uma única indicação ao Oscar. Foi em 1988, quando também venceu na categoria Melhor Ator Coadjuvante, por Os Intocáveis (direção de Brian De Palma). Porém com certeza essa não foi sua melhor atuação no cinema, apesar de ter sido um ótimo trabalho, sem dúvida. O escocês foi o precursor, a partir de 1962, da série 007 – e de fato, muitos fãs o consideram o melhor James Bond de todos. Mas ele fez muito mais do que interpretar o agente secreto de sua majestade nos cinemas. Connery atuou em outros filmes memoráveis, sempre com uma forte e charmosa presença em cena, como em O Nome da Rosa e A Rocha. Claro que a imagem eterna de Bond jamais deixará de ser associada a ele, mas o ator conseguiu construir uma sólida filmografia, independentemente de seu protagonismo na franquia 007.
A chegada ao estrelato como James Bond
Em 1962, a fama finalmente bateu à sua porta. Connery foi escolhido pelos produtores Harry Saltzman e Albert R. Broccoli para viver James Bond nas telas dos cinemas. O ator tinha a combinação de charme e virilidade exigida para o papel. Hoje em dia a maioria dos fãs o consideram como o melhor intérprete nos cinemas do personagem literário criado por Ian Fleming na década de 1950. No total, foram 7 filmes na pele do agente secreto britânico, sendo seis deles considerados oficiais.
Porém, a produção que realmente consolidou a franquia foi 007 contra Goldfinger, de 1964, que ficou famoso pela belíssima canção-tema interpretada por Shirley Bassey. O filme arrecadou incríveis US$ 51 milhões para a época, e é considerado o melhor Bond interpretado pelo escocês. O quarto filme veio na esteira do sucesso do anterior. 007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball, 1965) arrecadou mais de US$ 63 milhões – mas é considerado por muitos o mais fraco dos Bond de Connery.
Como resultado, o filme foi um fiasco: arrecadou menos da metade dos anteriores – pouco mais de US$ 22 milhões. Os produtores apelaram para Connery novamente, que pôde então pedir o quanto quis para reassumir o papel (US$ 1,250 milhões, o maior cachê já pago até então em Hollywood). Assim, o escocês retornou à série em 007 – Os Diamantes São Eternos, (1971 – US$ 44 milhões arrecadados), jurando ser seu último filme como Bond. É por isso que sua sétima aventura como Bond (lançada em 1983) chamou-se Nunca Mais Outra Vez (numa desnecessária refilmagem de 007 contra a Chantagem Atômica). Este filme não é considerado oficial na franquia. Teve a então iniciante Kim Basinger (Batman) como bondgirl e foi dirigido por Irvin Kershner (de Star Wars V – O Império contra-ataca).
Destaques da Filmografia
Dentre os principais trabalhos de sua filmografia, destacamos O Homem que Queria Ser Rei (1975, aventura dirigida por John Huston), O Nome da Rosa (1986, prêmio da Academia Britânica pelo seu monge detetive, na adaptação para o cinema da obra literária de Umberto Eco), Os Intocáveis (1987, Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo policial veterano Malone), Indiana Jones e a Última Cruzada (1989, impagável como pai de Indiana Jones).
A lista segue na década de 1990, com Lancelot – o primeiro cavaleiro (1995, papel de Rei Arthur), A Rocha (1996, filme de ação contracenando com Nicolas Cage), Armadilha (1999) e por fim, A Liga Extraordinária (2003), seu último papel de destaque, vivendo o aventureiro Alain Quatermain. Este filme foi um fracasso de bilheteria, o que talvez tenha feito com que Connery definitivamente tenha decidido que havia chegado a hora de parar.
Ator é favorável à saída da Escócia do Reino Unido
Talvez Sean Connery não esteja na lista dos maiores atores da maioria das pessoas, mas na nossa opinião ele ocupa uma honrosa terceira posição, por todo seu carisma, presença em cena e versatilidade de interpretações que esbanjou nos seus mais de 40 anos de carreira.
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